segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Verificação da Hipótese



            Ao longo das pesquisas bibliográficas realizadas e por meio de interação com alunos e familiares, identificamos diferentes influências da colonização africana no Brasil. Tivemos a reflexão acerca da influência no mundo das artes, inclusive, por meio de características de alguns artistas como Pablo Picasso e Romero Britto. Tais artistas apresentam sua arte com base em formas geométricas e cores vibrantes, similar a arte de muitas tribos africanas.
            Na música, descobrimos diversos artistas cantando a África e suas tribos, independente de uso do samba, que é a mais conhecida expressão da música afro no Brasil. Tivemos contato com Palavra Cantada, Milton Nascimento e Shakira cantando músicas sobre o tema e com forte influência de ritmo e percussão. Descobrimos, nessa interação, que a música é tão marcante que fica na memória afetiva das pessoas, sendo quase impossível “tirá-la da cabeça” em um curto período de tempo. Acabamos cantando estas músicas e cantarolando seu ritmo mesmo sem ter percepção clara de que queremos fazê-lo.
            A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana no seus pratos típicos como o acarajé, caruru, vatapá, moquequa e o azeite de dendê.
            São muitas as religiões que se originaram com a influência africana. Hoje tem-se conhecimento como religiões afro-brasileiras do Babaçuê, Batuque, Cabula, Candomblé, Culto aos Egungun, Culto de Ifá, Encantaria, Omoloko, Pajelança, Quimbanda, Tambor-de-Mina, Terecô, Umbanda, Xambá e Xangô do Nordeste. Sendo destas as mais conhecidas o Candomblé e a Umbanda.
Estas religiões se baseiam no culto a natureza e aos orixás. Na mitologia yoruba, orixás são ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúme, demonstram vaidade, orgulho. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus orixás vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente. Alguns exemplos de orixás e santos católicos são:
·         Iemanjá – Nossa Senhora da Conceição – Deusa dos mares e oceanos.
·         Iansã ou Oyá – Santa Bárbara – Deusa dos raios, das tempestades e dos ventos.
·         Ogum – São Jorge – Senhor dos metais, Deus da Guerra.
·         Oxalá – Santíssima Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Espírito Santo) - Divindade que criou a humanidade.
·         Oxum - Nossa Senhora da Conceição - Rainha das águas doces e dos rios.
·         Xangô – São Jeronimo – Deus da Justiça.

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