Ao longo das pesquisas
bibliográficas realizadas e por meio de interação com alunos e familiares,
identificamos diferentes influências da colonização africana no Brasil. Tivemos
a reflexão acerca da influência no mundo das artes, inclusive, por meio de
características de alguns artistas como Pablo Picasso e Romero Britto. Tais
artistas apresentam sua arte com base em formas geométricas e cores vibrantes,
similar a arte de muitas tribos africanas.
Na música, descobrimos diversos
artistas cantando a África e suas tribos, independente de uso do samba, que é a
mais conhecida expressão da música afro no Brasil. Tivemos contato com Palavra
Cantada, Milton Nascimento e Shakira cantando músicas sobre o tema e com forte
influência de ritmo e percussão. Descobrimos, nessa interação, que a música é
tão marcante que fica na memória afetiva das pessoas, sendo quase impossível
“tirá-la da cabeça” em um curto período de tempo. Acabamos cantando estas
músicas e cantarolando seu ritmo mesmo sem ter percepção clara de que queremos
fazê-lo.
A culinária baiana é a que mais
demonstra a influência africana no seus pratos típicos como o acarajé, caruru,
vatapá, moquequa e o azeite de dendê.
São muitas as religiões que se
originaram com a influência africana. Hoje tem-se conhecimento como religiões
afro-brasileiras do Babaçuê, Batuque, Cabula, Candomblé, Culto aos Egungun,
Culto de Ifá, Encantaria, Omoloko, Pajelança, Quimbanda, Tambor-de-Mina,
Terecô, Umbanda, Xambá e Xangô do Nordeste. Sendo destas as mais conhecidas o
Candomblé e a Umbanda.
Estas
religiões se baseiam no culto a natureza e aos orixás. Na mitologia yoruba,
orixás são ancestrais divinizados africanos que correspondem a pontos de força
da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas
forças. As características de cada orixá aproxima-os dos seres humanos, pois
eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúme, demonstram
vaidade, orgulho. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular,
composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até
horários. Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da
escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à
imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus orixás vivos,
viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais
cultuavam apenas aparentemente. Alguns exemplos de orixás e santos católicos
são:
·
Iemanjá – Nossa Senhora da Conceição – Deusa
dos mares e oceanos.
·
Iansã ou Oyá – Santa Bárbara – Deusa dos
raios, das tempestades e dos ventos.
·
Ogum – São Jorge – Senhor dos metais, Deus da
Guerra.
·
Oxalá – Santíssima Trindade (Deus Pai, Deus
Filho e Espírito Santo) - Divindade que criou a humanidade.
·
Oxum - Nossa Senhora da Conceição - Rainha
das águas doces e dos rios.
·
Xangô – São Jeronimo – Deus da Justiça.
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